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Congresso destaca importância da Engenharia Mecânica e os novos desafios diante da evolução tecnológica

Os impactos da tecnologia e inovação e as tendências de carreiras em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e com alvo em profissionais especializados foram os assuntos destacados no primeiro dia de programação do I Congresso Estadual de Engenharia Mecânica e Industrial de Sergipe. O evento que prossegue nesta sexta-feira (29) reúne no Centro Universitário da Universidade Estácio de Sergipe, profissionais, pesquisadores, especialistas e estudantes da área.
O ciclo de palestras foi aberto pelo diretor regional Sul-Sudeste do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Eng. Brigadeiro, Maurício Pazini Brandão que fez uma explanação sobre as políticas do Ministério que têm como foco a capacidade de gerar riqueza a partir das inovações. “ A política do Ministério tem como tripé: produzir conhecimento, gerar riqueza e melhorar a qualidade de vida da população brasileira. Tecnologia nada mais é que ciência com valor agregado na direção de se produzir algo novo que traga um resultado econômico interessante para toda sociedade. Portanto, para analisar as tendências de inovação deve-se avaliar o que foi transformado para melhor após a introdução de uma nova tecnologia ou de uma forma diferente de prestar determinado serviço à sociedade. Se houve melhora, houve inovação, se nada melhorou, então temos apenas uma novidade”, afirma Maurício Pazini.

O palestrante também destacou as oportunidades que surgem com as inovações disruptivas. “ É a inovação em uma tecnologia, produto ou serviço com características disruptivas, em vez de evolutivas. Esse tipo de criação provoca uma ruptura com os padrões já estabelecidos no mercado. Trata-se de algo inédito, original e transformador. As inovações desse tipo não são meras ideias criativas. Elas criam mercados e também demandas que as pessoas nem sabiam que possuíam. “ Vivemos hoje um contexto em que a capacidade de criar valor através da simplicidade e velocidade possíveis pela tecnologia é um caminho sem volta. Portanto precisamos preparar nossos jovens para a realidade que virá”, garante ele. O segundo palestrante da noite foi o economista da Federação das Indústrias e Superintendente do Instituto Euvaldo Lodi, Rodrigo Rocha Pereira Lima que ministrou o tema “Indústria 4.0 : uma oportunidade para a produtividade”. Em sua palestra, falou sobre o que como a indústria 4.0 está alterando o mercado de trabalho, quais os impactos nos níveis tático e estratégico causados pela substituição dos trabalhos contínuos e repetitivos por mão de obra automatizada.

“ O mundo passa por grandes transformações e muitos empregos tradicionais estão deixando de existir, porém novos empregos estão sendo criados, com vagas mais atrativas, com tarefas mais diversificadas e desafiadoras, que vão valorizar a criatividade, resolução de problemas e habilidades de comunicação interpessoal. A grande dificuldade é que a maioria dos profissionais não está qualificada para ocupar as vagas que surgem”. É o que alerta Rodrigo Rocha ao ressaltar que o cenário de hoje tem pouca semelhança com o de 10 ou 20 anos atrás. Mas que a busca constante pelo conhecimento nunca fica desatualizada. “ É preciso buscar e investir em aprendizado, caso contrário o profissional ficará no meio do caminho”, garante ele. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe, engenheiro agrônomo, Arício Resende Silva, que no evento representou o presidente do Confea, Joel Krüger, parabenizou a Associação Brasileira de Engenheiros Mecânicos e Industriais, Seção SE – pela realização do Congresso e pela escolha dos temas colocados em debate. “ O I Congresso Estadual de Engenharia Mecânica e Industrial de Sergipe abriu espaço para reflexão e valorização dos profissionais da área ao abordar assuntos atuais e fundamentais dentro do atual contexto econômico e de transformações do mercado”, enfatiza Arício Resende.

Em sua fala, o engenheiro agrônomo, Arício Resende também falou sobre a presença da engenharia mecânica no cotidiano da sociedade e sua importância para o desenvolvimento do país. “O engenheiro mecânico está ligado ao desenvolvimento de produtos bem simples até os mais elaborados, como carro. Neste caso, o profissional é responsável pela climatização de dentro do veículo, segurança que o automóvel deve proporcionar, consumo de combustível e quais serão e como são as emissões de gases poluentes”, exemplifica o presidente do Crea-SE.

Sociedade moderna/ Qualidade de vida O presidente da ABEMEC, Enéas Francelino Santos de Vasconcellos foi enfático ao afirmar que ‘Tudo que nos rodeia tem o trabalho da engenharia mecânica’. E ele explica. “Quando vemos uma máquina ou ferramenta, muitas vezes nem imaginamos os processos que envolvem sua concepção, produção e operação. Mas, por traz de tudo isso, há o Engenheiro Mecânico, que ligado nas novas tecnologias, tem como intuito melhorar a qualidade de vida da população. Quando subimos o elevador do nosso prédio, e na cozinha de casa usamos o liquidificador e fogão e não nos damos conta de que tudo que acabamos de usar tem engenharia mecânica. Então é um conhecimento sem o qual não teríamos o padrão de vida atual, desta forma acreditamos que estes profissionais são uma base importante para o desenvolvimento de uma sociedade”, ressalta Enéas. O presidente também reforça que a busca de conhecimento e a qualificação são fundamentais para acompanhar as transformações que chegam com as novas tecnologias ao destacar a proposta do Congresso. “ A realização do Congresso de Engenharia Mecânica teve o propósito de agregar em um único espaço, palestras, debates, oficinas e mini cursos de conteúdos técnicos e com foco em diversos temas de interesse da área. Um espaço para o profissional de engenharia mecânica se atualizar; trocar experiência profissional, ampliar sua rede de contatos e, acima de tudo, obter novos conhecimentos”, assegura o presidente da ABEMEC-SE.

Mútua No Congresso, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer os diversos benefícios disponibilizados pela Mútua-SE (Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-SE) aos profissionais do Sistema. A Apresentação foi feita pelo diretor-geral da instituição, Ronald Donald que explicou sobre algumas facilidades oferecidas aos beneficiários com anuidade em dia, como auxílio aos associados que pretendem adquirir veículos, empréstimos, recursos para cursos técnicos e de graduação, auxílio saúde, apoio a empreendedorismo, entre outros.
Ronald também destacou o TecnoPrev, plano fechado de previdência complementar, administrado pela BB Previdência, do Banco do Brasil. Entre as vantagens, é possível encontrar taxas inferiores às praticadas no mercado. “O participante pode contribuir, eventual ou periodicamente, com valores adicionais, em aportes que não só elevam o saldo da conta, como possibilitam economias anuais com o Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Destaca-se, ainda, a flexibilidade do plano, que objetiva atender, também, o profissional autônomo, com sua renda mensal variável. Dessa forma, permite alterar o valor de contribuição, tanto para mais, quanto para menos, respeitando o limite mínimo do plano”, afirma o diretor regional da Mútua-SE. O primeiro dia de programação, Enéas Vasconcelos agradeceu a presença de todos, lembrando que a valorização da Engenharia Mecânica passa pela união e esforço de todos os profissionais.